“Nunca, em nenhuma época da humanidade, um único agente, pela sua extensão, foi identificado como causador de tantas desgraças, nem as guerras, nem as epidemias, nem as pestes.
Não pode mais ser desculpa dizer que fumar é expressão de vontade ou de liberdade individual. Primeiro, porque se esse argumento fosse aceito, teríamos que liberar outras drogas, algumas até com menores efeitos tóxicos. Segundo, porque a ação maléfica do cigarro se estende a pessoas e ao ambiente, que não escolheram fumar. Terceiro, porque não há liberdade numa escolha induzida por propaganda mentirosa, criminosa, irresponsável.
Não pode mais ser desculpa dizer que fumar é expressão de vontade ou de liberdade individual. Primeiro, porque se esse argumento fosse aceito, teríamos que liberar outras drogas, algumas até com menores efeitos tóxicos. Segundo, porque a ação maléfica do cigarro se estende a pessoas e ao ambiente, que não escolheram fumar. Terceiro, porque não há liberdade numa escolha induzida por propaganda mentirosa, criminosa, irresponsável.
Digo porquê: Mentirosa porque engana e omite fatos, inclusive sobre o causamento de dependência química, como qualquer outra droga.
Criminosa porque produz desgraça e morte.
Irresponsável porque ninguém é punido por isso.
No Código do Consumidor está escrito ser proibido enganar e vender produto que faça mal à saúde, mas para o fumo isso parece não valer.
É uma incoerência total que a droga mais devastadora em número de vítimas seja legalizada. Onde está a coragem política?”.
É uma incoerência total que a droga mais devastadora em número de vítimas seja legalizada. Onde está a coragem política?”.
Discurso de abertura proferido pelo Dr. Carlos Antônio Mascia Gottschall, Presidente do III Congresso Brasileiro sobre Tabagismo, maio 2000, Porto Alegre/RS.
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