“Eis que numa atmosfera nublada e cinzenta surge um raio de sol inesperado, fazendo emergir das águas mais profundas as mais belas cores que jamais se imaginou existir!
Uma estranha emoção fez pulsar o coração e, por um instante, o mundo se tornou o lugar mais incrível para se estar... Teria valido a pena viver, só para estar ali.
Era a síntese do que havia de mais importante e essencial na misteriosa existência humana. Todo o resto desapareceu, sobressaindo-se apenas o que deveria unir a todos, dando verdadeiro sentido ao viver.
Pela primeira vez na vida vi o amor, em sua forma plena, ao mesmo tempo em que o sentia vibrar em todo o meu ser.
Naquele momento cheguei a acreditar que era simples e possível seguir... Mas, entendi que o sofrimento nasce conosco. Os sentimentos também.
Somente nós mesmos sentiremos nossas dores e saberemos o quanto e por que elas doem. Já nascemos chorando.
Senti-me impotente por não conseguir fazer cessar aquele pranto tão inocente e desprotegido.
Em meio às minhas lágrimas de alegria, porém, senti que o choro é necessário e inevitável em alguns momentos: É quando a alma, normalmente silenciosa, enfim fala diretamente com as nossas emoções mais sinceras e instintivas.
Ao final daqueles segundos mágicos, olhei ao meu redor e vi o mundo diferente...De repente, senti-me pequenina diante da imensidão daquele acontecimento.
Pensei se seria capaz de participar de sua caminhada pela vida, doando-lhe o meu melhor... Gostaria muito de conseguir.
Naquela noite, mal consegui dormir.
Este foi o dia em que vi o meu sobrinho (e afilhado) RUI GUILHERME pela primeira vez”.
Mariana Lourenço de Lima Carneiro, em Porto Alegre, sobre o dia 13 de maio de 2005.
Que emocionante, me fizestes reviver de certa forma, aquele que foi o dia mais importante da minha vida.
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